Ao voltar a eleger Sílvio Berlusconi a Itália assume-se cada vez mais como um sério candidato a tornar-se Gondomar da Europa. Um título a que muitos ambicionam mas que não está ao alcance de todos (tomem lá Suecos! Sempre armados em bons, com a vossa honestidade e os vossos princípios morais e a vossa ética empresarial e as vossas estradas sem buracos... Jamais vão ser Gondomar da Europa! Ah! Ah! Ah! Ah! Isso é entre nós e os italianos...).
Ao elegerem um primeiro-ministro corrupto, mafioso e prepotente (ainda que muito charmoso) os italianos mostram-nos, mais uma vez, que não é por acaso que quando pensamos neles os associamos imediatamente ao Vito Corleone ("I'll make him an offer he can't refuse").
Não os podemos culpar, as pessoas tendem em votar nos políticos com que mais se identificam. Se o Zé Povinho (e quem diz o Zé Povinho diz o Quim Barreiros) se candidatasse às eleições em Portugal também ganhava… É um facto!
Quer queiramos, quer não os estereótipos têm razão de ser: se os italianos escolhem um corrupto para primeiro-ministro, se os portugueses escolheriam um tipo bonacheirão, de bigode, com uma barriguinha, sempre pronto para a farra e que, de vez em quando, esconde droga no acordeão, é perfeitamente normal que os americanos tenham escolhido um burro para Presidente.
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