No seu
discurso na sessão comemorativa do 25 de Abril o nosso Presidente da República mostrou-se muito preocupado com a ignorância dos jovens sobre a mesma data. Devemos dar alguma credibilidade às afirmações do nosso Presidente. Primeiro, pelo seu semblante carregado. Segundo, porque ele próprio, como Primeiro-ministro, não se coibiu de usar os métodos mais inovadores para ensinar aos portugueses os benefícios da democracia e as vitórias do 25 de Abril. No longínquo ano de 1994, enquanto levavam com um cassetete da polícia de choque nas trombas, muitos manifestantes não deixaram de apreciar a ironia de isto se estar a passar numa ponte baptizada com o nome da revolução que nos trouxe a democracia. Não há melhor maneira de perceber os valores da democracia do que levar com umas bastonadas na cabeça e, ao recorrer a estes métodos de ensino, Cavaco deu-nos uma preciosa lição sobre o 25 de Abril: “Não votes no candidato que reage à tua liberdade de expressão à paulada”. A prova é que a maioria das pessoas usou o seu direito de voto para correr o seu partido nas eleições seguintes e para impedir a sua primeira incursão à Presidência da República. Bela democracia!
Ao mostrar a sua preocupação com a ignorância dos jovens o nosso Aníbal não estaria a expressar o seu espanto por ter conseguido ganhar mais umas eleições em Portugal? “Será que eles se esqueceram daquilo que eu lhes ensinei?”, pensou o nosso Presidente.
Nota: Prometo que o próximo post que fizer sobre política não será sobre alguém ligado ao PSD… Até a mim já me chateia… E, para responder a uma questão que tem surgido recorrentemente: Eu não sou o José Sócrates nem, tão pouco, sou do PS! Espero que tenha ficado esclarecido…
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